quinta-feira, 30 de junho de 2011

ADULTÉRIO, O CRENTE CAI NESSE PECADO?

Várias pesquisas realizadas no Brasil indicam que a grande maioria dos homens e 50 a 60% das mulheres têm praticado ou praticam o adultério ou, como se diz na linguagem mais em uso, “transam” com pessoas que não são sua esposa ou seu marido. Com a ênfase dada ao sexo na TV, no cinema, na literatura, e até nas instituições de ensino, chegando ao extremo da obsessão, não é de se admirar que o homem secular, sem a convicção espiritual e os princípios da Palavra de Deus, caia nesse pecado.

O crente em Cristo, porém, não cai nesse pecado. Ele entra nele aos pouquinhos. Isso porque não observa a sinalização que o adverte do perigo. Faz vista grossa a esses sinais porque, embora não deseje precipitar-se no abismo da desgraça da imoralidade, quer sentir pelo menos um pouco a gostosura dos seus prazeres. Assim, avançando sinal após sinal, deixa a vida pegar embalo no caminho errado até ao ponto de não conseguir mais fazer a manobra de frear para evitar o desastre. Diz, então, que “caiu no pecado”, quando este, de fato, há tempo já estava no seu caminho.

O primeiro sinal é falta de carinho e afeto na conversa e relacionamento cotidianos com o cônjuge. A comunicação começa a limitar-se a frases como: “Tive um péssimo dia no escritório hoje”; “Já pagou a conta do dentista?”, ou, pior ainda: “Você já gastou todo o dinheiro que lhe dei no mês passado?”; “Se você não comprar logo uma geladeira nova, eu simplesmente vou parar de cozinhar”.

Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado – é um dos primeiros sinais de perigo.

Perto desse sinal vem outro: a falta de conversa sobre assuntos espirituais, a leitura da Bíblia em conjunto e a oração com a esposa. Quando essas coisas não fazem parte da vida conjugal, é um sinal de alerta. Prosseguindo nesse caminho pode haver adultério mais adiante.

Há mais sinais. Quando você começa a compartilhar os problemas de relacionamento no lar com algum amigo ou amiga do sexo oposto, você está aproximando-se mais do perigo. Freqüentemente essa outra pessoa tem problemas também, e está disposta a ouvir, a conversar e demonstrar simpatia, o que gera ainda mais intimidade.

Não demora muito para que aconteça o “toque inocente”. O patrão põe a mão no ombro da sua secretária ao pedir que ela digite uma carta; ela encosta seu corpo ligeiramente no dele ao entregar a carta pronta, depois um abraço fraternal, um beijinho no rosto. Você argumenta que não há nada de errado nisso, que é apenas amizade.


Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado.
Aos poucos vocês estão gastando mais tempo juntos. “Acontece” que saem para o almoço na mesma hora e “por que não almoçarem juntos”? Ela precisa pegar o metrô para ir para casa; “por que não levá-la no seu carro?” Você precisa trabalhar duas horas extras para terminar o projeto, e ela, sendo boa amiga, fica também para ajudar. Se parar um pouco para pensar, você perceberá que tem prazer na companhia dela ou dele. Não, vocês não estão dormindo juntos mas estão em grande perigo. Nessa altura, o sinal é um luminoso vermelho piscando a todo vapor.

Se você não retroceder, haverá um envolvimento emocional que provavelmente o arrastará para a fossa fatal do adultério. E com amargura de coração você dirá – “Caí no pecado”. Não, você não caiu... você entrou nele aos pouquinhos.

O pastor Charles Mylander, num artigo publicado no periódico “Moody Monthly”, sugere três áreas onde é preciso aumentar o controle para evitar ser arrastado ao pecado do adultério:

Primeiro: Controle da mente
Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente. O crente em Cristo precisa levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).

A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura. O homem que permite aos seus olhos o prazer de assistir aos programas de TV que apelam para sexo a fim de obter mais IBOPE (e são muitos); que toma tempo para folhear revistas como “Playboy”, que deixa seus olhos analisarem o corpo das mulheres para uma avaliação sexual, logo vai perder a primeira batalha contra a tentação. Sua mente vai QUERER o adultério, e este querer só espera a oportunidade para se realizar com a experiência.

A mulher também precisa praticar o controle. Talvez mais na maneira de vestir-se do que pelo olhar. É interessante que a Bíblia exorta a mulher a vestir-se com modéstia, bom senso, etc., e não o homem, isso porque a mulher não é tão facilmente levada à tentação sexual pelos olhos como o homem. Mas a mulher que é indiscreta na maneira de vestir-se, sem dúvida, é cúmplice do diabo na tentação ao homem. A admoestação da Bíblia de “glorificar a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20), com toda a certeza inclui o cuidado que cada mulher precisa ter em não provocar a concupiscência, revelando a beleza do seu corpo, seja por falta de roupa adequada ou pelo uso de roupa colante. Argumentar que “está na moda” não mudará em nada a opinião do Autor das Sagradas Escrituras.

Segundo: Controle de palavras

A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura.
O homem casado, ou a mulher casada, jamais devem usar as palavras carinhosas de amor no trato com outras pessoas além do cônjuge. Nunca compartilhe problemas de casa com amigos do sexo oposto. E não procure conselho com alguém que tenha seus próprios problemas. Quem é perdedor dificilmente ajudará outro a ganhar. Ao encontrar problemas sem solução, procure conselho com alguém que descobriu a fórmula para constituir uma família feliz e vive essa felicidade no lar. Muitos adultérios tiveram o seu início na intimidade da “sala de aconselhamento”.

Terceiro: Controle de toque
Homens, não ponham suas mãos noutra mulher a não ser a sua própria esposa. E, mulheres, não conversem com o homem em “Braille”. O prazer da intimidade física é algo que Deus reservou para a santidade do casamento. Sexo antes ou fora do casamento sempre contamina o sexo no casamento, e o contato físico é um prazer que leva à consumação do desejo dessa intimidade. É preciso avaliar sinceramente se os abraços e beijos que damos e recebemos são uma expressão de estima recíproca ou um prazer “inocente” que podemos desfrutar sem compromisso. Deus reconhece o nosso desejo de intimidade, mas não aprova tal intimidade fora do casamento. “Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7.2).

O conselho de Salomão ainda é válido: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço... alegra-te com a mulher da tua mocidade... e embriaga-te sempre com as suas carícias... O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 5.15,18-19; 6.32). (Haroldo Reimer - http://www.chamada.com.br)

Extraído do livro Cutucando - O que as igrejas toleram e a Bíblia reprova.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Glória a Deus pelo Centenário!



Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém



Glória a Deus pelo Centenário! Celebramos o fato de, há 100 anos, no Brasil, exatamente em Belém do Pará, ter começado o maior movimento pentecostal da atualidade, um dos mais importantes movimentos da história da fé cristã. Glória a Deus! Este movimento espiritual chamado “Assembleia de Deus” se iniciou no meio dos crentes em Jesus, os quais começaram a indagar sobre a atualidade do poder do Espírito Santo e acerca dos dons espirituais citados nas Escrituras.
E quando Deus respondeu a essas indagações sinceras de corações sedentos com o derramamento do poder do Espírito Santo, o fez do mesmo modo que no princípio da Igreja de Jesus Cristo, em Jerusalém. Foi assim que se formou a Assembleia de Deus, em Belém do Pará.
Glória a Deus, pois são passados 100 anos, todos repletos de bênçãos que glorificam o nome do Senhor! A glória e a honra pertencem unicamente a Deus!
O fato de a pequena Belém, do início do Século XX, ter sido o alvo da escolha divina para iniciar esse grande movimento pentecostal é algo surpreendente. Belém era uma cidade de economia decadente, com o fim do ciclo da borracha. Além disso, por não dispor de saneamento adequado, sua população sofria terrivelmente por causa de muitas e graves doenças tropicais.
Deus começou essa obra com dois estrangeiros, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que vieram sem nenhum apoio financeiro ou suporte missionário; além disso, nem mesmo sabiam falar a nossa língua. O pequeno rebanho que conseguiram reunir contava menos de vinte crentes, sem personalidades de destaque em qualquer área.
Glória a Deus! Pois foi exatamente nesta cidade e com esse pequeno grupo que o Senhor começou esta Igreja vitoriosa. Hoje, a Assembleia de Deus está presente em cada recanto deste imenso País e já alcançou quase o mundo todo!
Glória a Deus! Pois celebramos com graça e com glória o Centenário da Assembleia de Deus.
Glória a Deus por todos os desafios vencidos! Inauguramos o Centro de Convenções no prazo, quando ninguém achava que seria possível. Inauguramos também a Avenida Centenário e o Museu Nacional. Estamos em vias de fechar o desafio de decisões, batismos em água e no Espírito Santo. Alcançamos a marca dos cem novos templos na cidade de Belém. Passamos dos 700 mil quilos de alimentos distribuídos aos famintos. Glória a Deus!
A celebração do Centenário da Assembleia de Deus, de fato, foi uma bênção completa. O casamento comunitário de 1018 casais encantou a cidade. As Conferências Pentecostais no Centro de Convenção foram muito abençoadas e edificantes. As Celebrações no Estádio Mangueirão foram uma prova da bondade do Senhor, pois ali só choveu a graça de Deus, além de ficar superlotado todos os três dias.
Glória a Deus! Estou como quem sonha, a minha boca se encheu de riso, meu coração está jubiloso, tudo por causa da bondade do Senhor, por nos ter surpreendido.
Quem se esforçou e pode dizer: ‘Tudo o que me veio a mão para fazer, eu fiz’, também deve reconhecer que, não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, nada teria funcionado tão bem. Muito obrigado, Senhor!
A festa não girou em torno de grandes personalidades, nem de coisas mirabolantes; tão somente Deus resolveu honrar a Igreja, e esta, por sua vez, lhe retorna a glória devia ao Seu nome. Todos nós reconhecemos: foi o Senhor quem fez isto, e é maravilhoso aos nossos olhos!
A minha gratidão também se estende a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso do Centenário. Tenho imensa gratidão a essa Geração do Centenário, pela fé, pela união, pelo amor e pelo esforço dedicado ao nosso Centenário.
Muito obrigado a todos: às nossas autoridades, pelo apoio, consideração e participação; a toda a Imprensa, que deu grande destaque à nossa festividade; às caravanas de todo o Brasil e do mundo; aos preletores e cantores, pela brilhante participação; aos filhos dos pioneiros, por terem vindo celebrar conosco; aos presidentes de Convenções e representantes de Igrejas do Brasil e do mundo.
Não daria para citar todos os nomes, obviamente para não cometermos injustiças, ou por falta de espaço ou por esquecimento involuntário. Decerto o Senhor Jesus recompensará a todos.
Acima de tudo, sou imensamente grato a Deus, a quem pertence a honra, a glória e o louvor para sempre! Amém!


E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O MEDO DA MORTE

Todo homem tem em si um profundo anseio por vida eterna. Em todos os lugares vemos essa busca. A Ciência e a Medicina procuram por caminhos que permitam estender a vida. Muitas pessoas cercam-se de idéias utópicas ou vivem em um mundo imaginário de filmes, livros e sonhos. Todos têm medo da morte. Quando se pensa nela, surge a temerosa pergunta: "O que virá depois?" O homem quer viver, viver eternamente, ele tem medo de morrer. Constantemente ele também se vê diante da importante pergunta: "Afinal, para que eu vivo?"

Deus criou o homem para a vida eterna. Mas ele a desprezou e jogou fora. O homem preferiu o pecado que lhe trouxe a morte. Isso fez vir a morte sobre toda criatura e a miséria humana começou. Desde então o homem está procurando reencontrar a vida eterna. Ele procurou muito e criou inúmeras coisas para obter vida para si; é o que mostram as muitas religiões. Mas, ele não tem vida, ele nunca tem segurança.

Certa vez, um artista construiu uma máquina gigantesca. Ao funcionar, ela fazia muito barulho e movimentava muitas engrenagens. Mas ela tinha uma desvantagem: não produzia nada. O artista pretendia dizer algo com isso. Ele tinha feito uma representação da nossa época e da humanidade. Há muita movimentação, até demais! Em todos os cantos há barulho, atividade e burburinho – mas, sem objetivo, sem sentido, sem razão e sem frutos permanentes.

Deus, porém, fez tudo para dar-nos novamente a vida, a vida verdadeira e eterna. A este mundo dominado pela morte Ele enviou Seu único Filho, que é a própria Vida e de quem está escrito: "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 João 5.20). Somente nEle nossa vida passa a ter sentido. Somente nEle temos o que é verdadeiro, aquilo que nossa alma anseia. E somente através dEle recebemos a vida que vai além dos poucos anos aqui na terra: a vida eterna!

Jesus diz: "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10.28). Ou em João 11.25-26: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente. Crês isto?"

Portanto, o que interessa é que creiamos. Não importa, em primeiro lugar, entender, compreender logicamente, conseguir definir ou explicar o propósito de Deus. Não, Jesus simplesmente faz a pergunta: "Crês isto?" Todo o resto vem depois.

Uma pessoa contou certa vez: "Ao passar por um cemitério quando jovem, meu olhar pousou sobre uma das lápides. O nome estava quase apagado. Mas a inscrição dos anos ainda era bem legível: 1889-1931. E então percebi repentinamente: o tracinho entre os números significava toda uma vida humana. Somente um traço! Nossa vida não é mais do que isso! Um traço entre dois números – tão pouco! Então entendi a responsabilidade que temos – a enorme responsabilidade de fazer algo significativo desse simples traço... Aí entreguei minha vida a Jesus, o Salvador, e decidi colocar essa pobre e pequena vida a Seu serviço..."

O que você fará do "traço" da sua vida? Jesus pergunta também a você: "Crês isto?" (Norbert Lieth - http://www.ajesus.com.br)

terça-feira, 21 de junho de 2011

PROTESTO DA CAMARA DE VEREADORES

A câmara municipal de Belém do Pará emitiu um documento de protesto contra as ações da Convenção Geral das Assembleia de Deus no Brasil (CGADB) e da Convenção de Ministros e Igrejas Evangélicas da Assembleia de Deus do Estado do Pará (COMIEADEPA) que estão organizando eventos paralelos aos coordenados pela igreja-mãe para comemorar o Centenário das Assembleias de Deus.

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Os vereadores entenderam que o objetivo das convenções é atrapalhar o evento da igreja presidida pelo pastor Samuel Câmara que é considerada como um patrimônio Histórico e Cultural da cidade.

O requerimento da Câmara dá votos de protesto contra a CGADB e a COMIEADEPA “por convocarem todas as igrejas do Estado do Pará e do Brasil para uma festa paralela do Centenário, sem convocar a igreja-mãe e, por conseguinte atrapalhando o evento do Centenário da Igreja-mãe.”

“É no mínimo lamentável, vergonhoso e desonroso que os dirigentes nacionais das Assembleias de Deus não reconheçam a igreja-mãe ‘principal motivo da festa do Centenário’ como parte integrada das comemorações a nível nacional chegando até a fazer uma programação paralela uma semana antes da programação oficial da igreja-mãe”, diz o texto de justificativa.

Para eles o motivo das comemorações antecipadas é impossibilitar que os pastores e membros de todo o Brasil estejam presentes na festa programada pela AD de Belém.

O primeiro a denunciar as intenções da CGADB foi o pastor Silas Malafaia que por duas vezes usou seu programa de TV, Vitória em Cristo, para reclamar das atitudes do pastor José Wellington, presidente da convenção, de usar disputas políticas como desculpa para tentar atrapalhar as comemorações da igreja-mãe só por ela ser liderada pelo pastor Samuel Câmara que por diversas vezes se candidatou ao cargo de presidente da CGADB.

Fonte: Gospelprime

GRAÇAS A DEUS

A Convenção da igreja-Mãe das Assembleias de Deus no Brasil (CIMADB) firmou acordo com a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) no dia 16 de junho de 2011. O documento credencia a CIMADB e seus membros.

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Esse acordo sela a paz entre as duas convenções que estavam dividas por questões políticas.

Muito se falou sobre a divisão entre as AD, rumores que só aumentaram com a organização de duas festas em Belém do Pará para comemorar o Centenário. A CGADB realizou dois dias de evento uma semana antes do programado pela CIMADB.

Apesar disso o pastor Samuel Câmara compareceu na festa da CGADB e o pastor José Wellington Bezerra também esteve presente nos dias de festividade da CIMADB.



Fonte: Gospelprime

quarta-feira, 1 de junho de 2011

VINDE A BELÉM

Vinde a Belém...




Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




Na madrugada fria de 1º Janeiro de 1901, a jovem Agnes Ozman recebeu o batismo no Espírito Santo numa pequena escola bíblica em Topeka (Kansas, EUA), experimentando uma efusiva manifestação do dom de línguas, tonando-se a primeira pentecostal do Século XX. Na madrugada quente do dia 8 de junho de 1911, em Belém do Pará, a irmã Celina de Albuquerque teve a mesma experiência, tornando-se a primeira crente a receber “a promessa do Pai” nas plagas amazônicas.
O que esses dois eventos têm em comum é que fazem parte do mesmo movimento espiritual que considera o falar em línguas estranhas como a “evidência bíblica” do batismo no Espírito Santo. O movimento pentecostal, como ficou conhecido, eclodiu em todo o mundo e mudou para sempre a face do cristianismo.
O primeiro evento foi o estopim do moderno movimento pentecostal mundial, pois a partir dali a chama do Espírito se espalhou para muitas cidades e países. O segundo foi o estopim do movimento pentecostal brasileiro, com o início da Assembleia de Deus no Brasil.
O movimento pentecostal mundial está celebrando o seu Centenário, assim como a Assembleia de Deus em Belém. O mundo tem muito a agradecer pela generosa ação do Espírito Santo em regenerar milhões de vidas para experimentarem uma viva esperança em Cristo Jesus. O Brasil, especialmente, tem muito a agradecer pela ação do Espírito através da obra empreendida pela Assembleia de Deus, pois desde o seu início, milhões de brasileiros experimentaram uma mudança radical de vida e também receberam o glorioso poder pentecostal. Glória a Deus!
O movimento pentecostal não chamou a atenção do mundo até 1906, quando um jovem negro chamado William J. Seymour liderou as reuniões do avivamento na Rua Azuza, no centro de Los Angeles. Seymour era filho de ex-escravos, pobre, cego de um olho, sem muita instrução, liderando uma igreja multicultural num país socialmente rachado pela segregação racial. Foi nesse contexto que o Espírito Santo quebrou todas as barreiras e tornou essa obra a face mais visível do pentecostalismo Norte-americano, espalhando sua influência pelo mundo todo.
No Brasil, dois missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg, sem sustento financeiro, sem falarem bem a língua pátria, debaixo da cerrada oposição de outros grupos religiosos, mas revestidos do poder de Deus, começaram uma obra portentosa que se espalhou por todos os rincões desse imenso País.
A Assembleia de Deus em Belém tornou-se a Igreja-mãe de todas as outras Assembleias de Deus no Brasil, como uma mãe generosa que cuida de seus filhinhos e os abençoa com o melhor de seus cuidados e posses. Assim, à medida que a obra avançava, a Igreja em Belém enviava mais missionários, comprava terrenos para construir templos noutras cidades, mantinha financeiramente os novos pastores, enviava literatura gratuitamente, servia a todos com amor. Como uma mãe, jamais cobrou de volta qualquer recompensa, exceto o amor da retribuição justa que toda mãe merece e deseja receber de filhos agradecidos.
Agora que chegamos ao Centenário, a Igreja-mãe está reunindo seus filhinhos queridos, todas as igrejas que foram geradas no seu “útero espiritual”, para presenteá-los com a ambientação festiva e celestial de um novo Pentecoste. A Geração do Centenário precisa se habilitar na presença do Senhor Jesus para se tornar o ponto de partida para o que entendemos ser o último derramamento do Espírito Santo no mundo.
Precisamos estar no mesmo “Cenáculo”, na mesma disposição de ânimo, em comunhão no Espírito, esperando esse cumprimento cabal da “promessa do Pai”, segundo foi profetizado por Joel: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2.28,29).
A Igreja-mãe, assim “como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo das asas”, gostaria também de ajuntar consigo todas as Igrejas-filhas, para juntos celebrarmos esse grande momento da nossa história, o nosso Centenário. Infelizmente, tal como Jesus falou de Jerusalém, esta “mãezona” tem sentido a tristeza de ter de dizer para alguns de seus filhos que teimam em andar desgarrados: “Mas vós não o quisestes” (Mt 23.37).
Temos, porém, a alegria de receber todas “filhas” pentecostais queridas que estão conosco nessa luta, que certamente podem dizer como os pastores: “Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 2.15).
Vinde a Belém e celebremos! Nós somos a Geração do Centenário!


E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv