terça-feira, 26 de abril de 2016

JESUS VOLTARÁ !

Eu espero e amo a sua volta !
Jesus poderia voltar hoje?
Portanto vigiai, por que não sabeis  em que dia vem o vosso Senhor, (Mateus 24:42

Você é um dos que ama a Volta do Senhor Jesus? Talvez você responda “sim” enquanto imagina: “Se Jesus voltar hoje, não preciso mais pagar minhas dívidas, todos os problemas estarão resolvidos e eu não preciso tomar mais nenhuma decisão”.
Isso, no entanto, não significa que você esteja feliz com a Volta de Jesus. Imaginemos que Jesus voltará dentro de uma semana. Como você passaria esta última semana na terra?
Provavelmente faria estudos da Palavra de Deus cada dia e estaria em íntima comunhão de oração com o Senhor e, tanto quanto possível, participaria das reuniões de sua igreja. Sim, decerto você participaria das atividades da sua comunidade e estaria evangelizando a todos ao seu redor. Entre outras atividades, estariam o cuidado para fugir constantemente do pecado, as demonstrações de amor ao próximo e os pedidos de perdão para aqueles que foram feridos por algum mau procedimento de sua parte.
Sendo assim, por que você não faz tudo isso agora mesmo? Jesus pode de fato voltar na próxima semana, sim, Ele pode voltar hoje mesmo!

Maranata!

O romance do padre Geffison

Segunda-Feira, 25/04/2016, 20:23:29 - Atualizado em 26/04/2016, 08:27:18 Ver 40 comentário(s)A-A+
O romance do padre Geffison (Foto: via WhatsApp)
O DOL entrou em contato com a Basílica de Nazaré para confirmar se Geffison ainda é padre ou se foi desligado da igreja. (Foto: via WhatsApp)
Há 3 meses, um tsunami atingiu a Igreja Católica em Belém. Era tarde da quarta-feira, 27 de janeiro, quando a Basílica Santuário de Nazaré divulgou, em sua página no Facebook, uma nota, informando que o padre Geffison Silva, 32 anos, tinha sido “afastado de suas atividades para descanso e renovação espiritual”. Em poucos minutos, o assunto já estava sendo comentados por milhares de pessoas nas redes sociais.
Às 13h20 do dia seguinte (quinta-feira, 28), o DIÁRIO publicou, em seu portal - o DOL - e em sua página no Facebook, a notícia do afastamento do padre. A reportagem do DOL não trazia nenhuma informação além da notícia que a própria Basílica de Nazaré divulgara um dia antes. Mesmo assim, a onda ganhou ainda mais força. Na página do DIÁRIO no Facebook, a matéria foi vista por cerca de 300 mil pessoas, somando 1.181 compartilhamentos.
Tanto barulho tinha um forte motivo. O padre Gefisson, um dos mais queridos e respeitados pelos católicos de Belém, estaria sendo acusado de ter engravidado três fiéis. Uma das crianças já teria até nascido, há 1 ano. E fontes de dentro da Igreja reforçavam os casos amorosos do religioso. O mais recente deles teria sido com a fotógrafa Jamile Amorin, responsável por registrar missas
realizadas por Geffison.

AMOR
Agora, 3 meses após o início de toda a confusão, o padre Geffison reaparece em fotos românticas, com direito a beijo na boca e buquê de flores. Pelas 3 imagens, que circularam em grupos de redes sociais, fica nítido o amor entre Geffisson e uma moça que, segundo fiéis que a conhecem, é justamente a fotógrafa Jamile. “Eles se casaram e estão felicíssimos”, afirmou uma pessoa próxima ao padre. A mesma pessoa garante que ele largou a batina por causa de Jamile, informação que a Igreja Católica não confirma e nem nega. A verdade é que, pelas fotos, o casal exala a alegria dos novos amantes, trocando beijos carinhosos, afagos e sorrisos apaixonados. Mas quase nada se sabe a respeito dessas fotos. Quando foram feitas? Onde o casal está? Seriam as imagens do dia do casamento? As respostas a essas perguntas são um mistério.

Uma fonte da Arquidiocese de Belém - que pediu para não ter o nome divulgado, temendo represálias -, no entanto, confirma que as fotos são recentes e que “o padre Geffison está muito feliz e apaixonado”. “Ele fez tanta coisa boa pela Igreja e pelos fiéis. Ele merece ser feliz”, diz a fonte.
O padre mais famoso e carismático de Belém reapareceu em fotos românticas, com direito a beijo na boca e buquê de flores. Ele já teria até se casado. (Fotos: Via Whatsapp)
Padre teria engravidado fiel
Quando o caso do padre Geffison explodiu em Belém, o DIÁRIO fez uma grande reportagem, tentando esclarecer o assunto. Depoimentos de diversas pessoas contradiziam a nota oficial divulgada pela Basílica de Nazaré para justificar o afastamento repentino do religioso. Temendo represálias da Igreja e de outros fiéis, todos os entrevistados só concordaram em falar sob a garantia de terem seus nomes preservados.
Um funcionário da própria Basílica fez uma revelação forte. Segundo ele, já era de conhecimento da direção da Igreja que o padre Geffison tinha uma filha, nascida há 1 ano. “A mãe dessa criança é uma moça que também trabalhava na Basílica”, afirmou o entrevistado, que passou o nome da mulher ao DIÁRIO, cujas iniciais são N.S. (o jornal optou por não revelar o nome, por respeito aos envolvidos). Um fato intrigante: em sua página na rede social, N.S. deletou todas as fotos que tinha publicado com sua filha, uma menina de aparentemente 1 ano.
OUTRO RELACIONAMENTO
De acordo com o funcionário da Basílica, em outubro do ano passado - poucos dias antes do Círio de Nazaré -, o conselho da igreja se reuniu para tratar de outra situação de Geffison. “Eles tinham ficado sabendo que o padre havia se relacionado com outra moça e que ela estava grávida”, disse. Essa mulher seria a fotógrafa Jamile Amorin, que trabalhava nos eventos comandados pelo padre. Com a nova notícia, os líderes da Basílica decidiram afastar Geffison de suas funções.
Procurada pelo DIÁRIO para falar das novas fotos do padre Geffison, a assessoria da Basílica de Nazaré disse, por telefone, que não comentaria o assunto. Diante da gravidade e seriedade do caso, o jornal insistiu, enviando e-mail à assessoria. Até o fechamento desta edição, porém, nenhuma resposta foi enviada ao DIÁRIO. Não se sabe, sequer, se Geffison ainda é padre ou se foi expulso da Igreja.
(Diário do Pará)

segunda-feira, 11 de abril de 2016

'Eleitor não precisa aguentar o governo', diz ministro do STJ

Um dos decanos do tribunal, João Otávio de Noronha rechaça argumentos governistas de que impeachment é golpe – e defende a conduta do juiz federal Sergio Moro

Por: Laryssa Borges, de Brasília - Atualizado em 
O ministro do Supremo Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha
O ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio de Noronha(Roberto Jayme/ASICS/TCE/Divulgação)
Um dos decanos do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde veste a toga há quase 13 anos, o mineiro João Otávio de Noronha deixou para trás no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o turbulento processo que pode levar à cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. Ex-relator da ação de impugnação de mandato eletivo (Aime), teve de insistir para que as avassaladoras provas colhidas na Operação Lava Jato pudessem embasar o caso que, se o processo de impeachment não prosperar no Congresso, é considerado a pedra de toque para a depuração da política brasileira. Ex-corregedor da Justiça eleitoral, Noronha recebeu o site de VEJA na última segunda-feira em seu gabinete em Brasília e defendeu o instituto do recall nas eleições, disse que as discussões para a retirada de Dilma do poder não podem ser classificadas como "golpe" e resumiu: "O eleitor não precisa aguentar o governo". A seguir, os principais trechos da entrevista.
O impeachment nem foi votado e o governo já fala em recorrer à Justiça. Isso é válido? O Brasil passa por um conflito político que há muito tempo não víamos. Há um processo de impeachment que tramita onde tem que tramitar, no Congresso Nacional, e que está baseado na Constituição Federal. A decisão dos parlamentares é soberana e não pode ser revista sequer pelo Poder Judiciário ou pelo Supremo Tribunal Federal. O impeachment nada mais é do que um processo político e constitucional de impugnação ao mandato da presidente da República.
Como avalia o discurso de que o impeachment seria golpe? Não é golpe de modo algum. Não pode ser golpe a aplicação dos institutos previstos na Constituição da República. O juízo de admissibilidade é político e é do Congresso Nacional. Se não sair o impeachment, ainda restarão abertas as portas do Judiciário no TSE. E nem venham me dizer que isso é golpe.
O argumento é o de que estão tentando reverter a vitória da presidente nas urnas. A votação obtida pela presidente Dilma Rousseff dá a ela uma presunção de legitimidade, mas não uma presunção absoluta. Isso quer dizer que, quando se prova a utilização do poder político ou quando recursos econômicos ilegítimos foram empregados para ganhar a eleição, comprovamos que a vontade popular foi viciada. Teríamos o mesmo resultado se a ética e a lei tivessem sido seguidas? A resposta sempre é negativa.
É o caso da campanha da presidente Dilma? Jamais vi na história do Brasil - e me aproximo dos 60 anos - uma eleição tão dividida, tão polarizada e com acusações tão graves. Fico triste de ver que as empresas estatais tenham sido utilizadas, segundo as denúncias, para financiar campanhas políticas. Isso é estarrecedor porque o poder econômico é utilizado de uma forma ilegal, com desvio de verbas de empresas controladas pelo governo. A Constituição não dá um salvo-conduto para prática de atos imorais, criminosos e ilegítimos. A presidente da República é uma cidadã e como tal deve ser responsabilizada pelos atos que pratica.
As discussões sobre o momento político são acompanhadas por críticas ao juiz Sergio Moro. O senhor acha que ele atua como justiceiro? Essas críticas são muito levianas. O juiz Moro é decente e correto. Não vi nenhum inocente preso até hoje por ele e quero que me apontem onde estão esses inocentes. Não vi nenhuma perseguição feita por ele. Tudo corria bem até que ele pegou um determinado figurão petista, que passou a receber o apoio de ministros dos mais variados setores no Judiciário brasileiro. Se há indícios de que ele praticou ilícitos, por que ele não pode ser tratado como os demais? Onde está escrito na Constituição que ele merece tratamento diferenciado? Um dos críticos disso, o ministro Marco Aurélio Mello, vivia dizendo no Supremo e principalmente no Tribunal Superior Eleitoral que o processo não se julga pela capa. Se não se julga pela capa ou pelo nome da parte processada, por que dar tratamento diferenciado a um ex-presidente da República? Por que nessa hora vai olhar a capa do processo e não olha a capa quando o processado é o Joaquim da Silva ou o José Pereira do interior? Tenho o maior apreço e respeito pelo trabalho que o juiz Moro está fazendo. Ele é digno de elogios.
O senhor compartilha da tese de que o petrolão foi um projeto criminoso de poder? Há uma coisa muito grave na República Federativa do Brasil e que envolve autoridades políticas antes intocáveis. Agora o amadurecimento da democracia nos levou a investigar a todos. De pouco tempo para cá todos respondem por aquilo que fizeram. O Brasil mostrou sua maturidade democrática quando, por exemplo, o juiz Sergio Moro teve essa coragem e precisava ter de chegar aos intocáveis. Não temos que temer ninguém. Não temos que temer o grito de ninguém, seja quem for que esteja a gritar. Ninguém pode se achar intocável ou acima da lei. Como juiz, tenho orgulho de ver que este moço teve a coragem necessária para desvendar o que subjaz atrás de todo esse esquema de corrupção. Entre os investigados, ninguém diz 'eu não fiz, eu não pratiquei'. Só se diz 'a ação foi ilegal'. Ninguém contesta os fatos e nem há como contestar fatos que restaram gravados e divulgados e cujas vozes eram publicamente conhecidas.
A recente decisão do STF de executar sentença e permitir prisões já em segunda instância ajuda no combate à corrupção? Temos que interpretar até onde deve ir a presunção da inocência. Quando a interpretação da presunção da inocência importa no juízo absoluto de impunidade, como vinha acontecendo, não se estava assegurando nenhuma garantia constitucional, e sim burlando a garantia constitucional. Uma decisão proferida por um juiz de primeiro grau, confirmada por um tribunal, significa que já temos dois pesos no sentido da culpabilidade. Não me parece razoável que a execução da pena possa ser postergada e retardada em razão de um simples recurso ao tribunal superior. Caberá ao Supremo e ao STJ analisar caso a caso se a prisão pode causar um dano irreparável. É um recado claro de que acabou a impunidade com fundamento em meras questões formais.
Na posse de Lula, Dilma atacou Moro e criticou as manifestações de ruas. Chegou a comparar os acontecimentos ao início do nazismo. A presidente Dilma deve estar muito atordoada e não sabe o que está falando. Conheço uma série de cidadãos que foram para as ruas porque estão descontentes, porque se sentiram ludibriados pela política e pelo discurso de campanha não cumprido. Eles foram às ruas porque, no dia seguinte à proclamação do resultado do segundo turno, tínhamos uma ação totalmente diferente daquela pregada. Nas manifestações pró-governo, vi notícias de ônibus vindo do interior para trazer manifestantes, manifestantes recebendo dinheiro. Há uma diferença muito grande entre uma manifestação e outra. Uma é induzida, organizada. A outra é natural. Todo mundo sabe o que foram as manifestações pró-impeachment. O povo elege e não pode tirar? Lamentavelmente a nossa Constituição não criou um instituto para isso.
O senhor defende um referendo ou recall do mandato? Talvez fosse o caso de o impeachment nem ser decidido pelo Congresso, mas diante de uma consulta pública à população, como um recall. Esse é o meio mais democrático de se fazer. Aí ninguém vai ter coragem de falar em golpe. Todos nós sabemos o motivo do desagrado com o governo. Temos um país em uma situação crítica. Depois de muitos anos de estabilidade econômica, temos um país economicamente em estado de desastre, com déficit orçamentário, inflação retomando, desemprego. Temos uma situação econômica desastrosa e nos últimos 20 anos não tínhamos visto isso. O eleitor não precisa aguentar isso. Como não temos um recall, o remédio previsto na Constituição é o impeachment.
TAGs:
Impeachment

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Refúgio e Descanso em Jesus

Refúgio
Norbert Lieth
A Caverna de Adulão e Sua Profundidade Profética
Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. Dali passou Davi a Mispa de Moabe, e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo em que Davi esteve neste lugar seguro. Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai, e entra na terra de Judá. Então Davi saiu e foi para o bosque de Herete” (1 Sm 22.1-5).
O Antigo Testamento é um livro que ilustra o Novo Testamento, pois as marcas da cruz perpassam profeticamente a Bíblia toda. Repetidas vezes nossa atenção é despertada pela presença desse fato que é o maior que aconteceu na História da Salvação e em toda a eternidade: a morte de Jesus na cruz do Calvário! E é nessa perspectiva que até na caverna de Adulão e nos fatos que ali se sucederam podemos ver uma ilustração, um exemplo daquilo que o Davi celestial, que é Jesus Cristo, realizou na cruz.
Adulão, lugar da justiça
A palavra Adulão tem dois significados: 1. justiça do povo; 2. refúgio, esconderijo. Essas não são duas maravilhosas alusões à cruz do Calvário e à futura história de Israel? Será feita justiça a Israel, e isso no dia da Grande Tribulação quando o povo judeu se refugiará no Senhor e quando seus olhos virem Aquele a quem haviam rejeitado. A salvação de Israel passa pelo Calvário (Adulão)!
Mas também a nós, que cremos em Jesus Cristo, foi concedida ali a justiça que tem validade diante de Deus. Fomos justificados pelo sangue do Cordeiro (Rm 3.25-26). E na cruz igualmente encontramos refúgio. “O Deus eterno é a tua habitação” (Dt 33.27).
Adulão, lugar de significado profético
“Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele” (1 Sm 22.1). Davi, que no passado nem havia sido valorizado por sua família agora é procurado por ela. Seus irmãos e parentes fogem para ficar junto dele na caverna e de fato acham refúgio em sua companhia.
Séculos depois isso se realizou igualmente na vida de Jesus. Primeiramente seus próprios irmãos não creram nEle (Jo 7.5), assim como os irmãos de Davi não creram em Davi e até o repreenderam. Posteriormente, os irmãos de Jesus passaram a crer nEle (At 1.14) e encontraram refúgio interior em Jesus, como, por exemplo, Tiago, que escreveu a Epístola de Tiago do Novo Testamento.
Isso tem teor profético: os irmãos de Jesus são o povo de Israel. O povo como um todo até hoje ainda não crê nEle. Mas virá o dia em que todo o remanescente de Israel buscará e encontrará refúgio em Jesus (Rm 11.25b-26).
Em Miquéias 1.15, Adulão é mencionado em conexão com a futura redenção de Israel: “…chegará até Adulão a glória de Israel.” E em 1 Samuel 22.3-5 lemos: “Dali passou Davi a Mispa de Moabe, e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo em que Davi esteve neste lugar seguro. Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai, e entra na terra de Judá. Então Davi saiu e foi para o bosque de Herete.” Assim como os pais de Davi encontraram refúgio temporário em Moabe, assim, segundo a minha opinião, o remanescente de Israel buscará e achará refúgio em Moabe, ou seja, na Jordânia, durante o tempo da Grande Tribulação quando o anticristo tentará exterminar o povo de Israel. Mas no final o restante de Israel vai encontrar refúgio na “caverna de Adulão”, ou seja, no Calvário. Os que restarem do povo de Israel irão se dirigir Àquele que já há 2.000 anos atrás realizou a salvação para todas as pessoas na cruz do Calvário (comp. Zc 14.4-5,8-11).
Adulão, lugar de profundidade insondável
A caverna de Adulão é descrita assim: “É um sistema de corredores sem fim e passagens transversais que ainda não foi explorado por completo.” Da mesma maneira jamais conseguiremos perscrutar toda a profundidade e abrangência da cruz. A Páscoa sempre continuará sendo para nós de uma grandeza imensurável. Pesquisamos e nos aprofundamos no assunto e ficamos admirados do que Jesus fez na cruz – e continuam a surgir novos mistérios à nossa frente. Fazemos cada vez mais novas descobertas, mas jamais chegaremos ao seu fim. Pessoa nenhuma pode dizer que já conseguiu explorar essa “Adulão” por completo, pois ela é uma fonte inescrutável de riquezas.
Muitas vezes as preciosidades se encontram, por assim dizer, ocultas em uma caverna. J. Oswald Chambers escreveu certa vez:
Os mais inteligentes pensadores de todos os tempos tentaram entender o significado da morte de Jesus na cruz. Mas ninguém jamais conseguiu chegar à sua profundidade completa. Eles desistiram, como fez Paulo exclamando: "profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!" (Rm 11.33).
Temos algo semelhante escrito em Efésios 1.19: “…e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder.” Ou pensemos em Efésios 3.18-19: “a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo (a cruz), que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.”
Adulão, lugar de humilhação
A caverna de Adulão, na qual Davi ficava e onde muitos se escondiam, era um lugar comum, sem nada de especial na sua aparência. Uma caverna não é um lugar agradável. Em geral as cavernas são lugares solitários, escuros e frios, um lugar para sujeira e lixo de todo tipo. De qualquer forma, uma caverna não é lugar digno para um rei, pois nem de longe pode ser comparada com um luxuoso castelo. Se Davi estivesse morando dentro de um majestoso castelo, certamente muito mais pessoas teriam vindo para ficar com ele. Mas até essa caverna só vinham aqueles que realmente precisavam dele.
Davi já havia sido ungido como futuro rei pelo profeta Samuel (1 Sm 16.13), mas estava sendo perseguido e oprimido tão duramente por Saul, rei em exercício em Israel, que se viu obrigado a fugir para uma caverna. Davi foi obrigado a isso pelas circunstâncias, mas o Filho de Deus o fez de livre e espontânea vontade. Pensamos no Senhor Jesus que, mesmo sendo semelhante a Deus, esvaziou-se a Si mesmo, assumiu a forma de servo e foi fiel até à morte, até à morte na cruz (Fp 2.6-8).
Com Davi na caverna de Adulão somos lembrados do Salmo 22 onde é descrito o Salvador sofredor: “Contra mim abrem as bocas, como faz o leão que despedaça e ruge” (v. 13). Jesus – sendo entregue à cruz – se encontrava literalmente na cova dos leões!
Adulão, lugar do rei verdadeiro
Quem é que poderia crer ou imaginar que naquela caverna se encontrava o homem que havia sido escolhido para reinar sobre Israel, homem em quem um dia muitos encontrariam ajuda? Mesmo que Davi tenha começado de maneira tão humilde – esse era o caminho de Deus para ele –, mesmo assim ele era o ungido, o novo rei de Israel. E apesar de não ter sido reconhecido como soberano quando se encontrava nessa situação, ele não deixou de sê-lo.
Vejam como Jesus foi desprezado, cuspido, torturado e escarnecido quando se encontrava dependurado na cruz! Mas mesmo assim Ele continua sendo o homem da salvação, o verdadeiro Rei e o único refúgio para uma humanidade perdida. Pedro testemunhou o seguinte aos fariseus incrédulos: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12). Jesus é o verdadeiro filho de Davi. E Ele é o verdadeiro soberano e senhor do céu e da terra e Rei dos Reis, mesmo que na cruz não tenha sido reconhecido!
Adulão, lugar de refúgio
“Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens” (1 Sm 22.2). Que tipo de pessoas vieram a Davi na caverna? Eram pessoas que provavelmente receberam um sorriso condescendente e cheio de pena nas ruas e castelos. Eram criaturas miseráveis, pessoas em angústia, pessoas carregadas de culpa e com um coração atormentado. Mas Davi estava a seu lado! Em sua caverna encontraram refúgio.
Mas quem são os que encontram refúgio na cruz do Calvário?
Pessoas em aperto
Pessoas que não sabem o que fazer consigo mesmas, que chegaram aos seus limites e que perderam o chão firme debaixo de seus pés. E até hoje todos os que se encontram cheios de problemas (logicamente também os que já aceitaram a Jesus como seu Senhor e Salvador) podem ir a Jesus em busca de refúgio e paz na obra consumada do Senhor na cruz do Calvário sempre que precisarem. Podemos ter a certeza de que Jesus é maior que todo e qualquer poder que queira nos oprimir.
Pessoas endividadas
Pessoas que estão cônscias de sua culpa e sabem o quão profundo é o abismo do pecado e que estão convictas do quanto são condenáveis diante do Deus vivo, são essas pessoas que correm em direção a Jesus. Toda e qualquer pessoa que sabe da maldade que existe em seu coração consegue refúgio na “caverna de Adulão”, isto é, na cruz do Calvário. Nessa “caverna”, a pessoa encontra perdão dos pecados e um Deus misericordioso. Mas para todos os que são cristãos renascidos é válido o que segue: “Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 Jo 2.1-2).
Pessoas amarguradas de espírito
Quando as sombras da depressão ou as trevas da tentação angustiam a nossa alma, encontramos refúgio, salvação, consolo e paz em Jesus. Como as pessoas devem ter suspirado aliviadas quando entravam na caverna! O Salmo 5.11 fala: “Mas regozigem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.” Em Jesus você está seguro!
Em lugar algum estamos mais abrigados e seguros do que na cruz do Calvário, “…porque ele (Jesus Cristo) é a nossa paz” (Ef 2.14). Toda vez que nos humilharmos diante dEle em arrependimento sincero e confessarmos a Ele os nossos pecados poderemos respirar aliviados. Mas será que tomamos tempo suficiente para buscarmos o ungido rei na “caverna de Adulão” – para termos comunhão com o nosso Davi celestial?
Adulão, lugar da troca de liderança
Lemos em 1 Samuel 22.2: “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.” Simbolicamente podemos deduzir o seguinte:
Os homens se ajuntaram a Davi
Jesus voluntariamente trilhou o caminho da humilhação, e, igualmente, todos aqueles que querem seguir a Jesus têm de se despojar de todo orgulho e têm de cair de joelhos diante do Senhor, se humilhando na Sua presença. Isso os irmãos de Jesus (Israel) farão, e essa é uma condição imprescindível para todo aquele que procura a salvação. Mas aquele que quiser ser o rei, que quiser continuar a mandar, como o rei Herodes no tempo de Jesus – a essa pessoa o caminho ao Calvário estará bloqueado.
Os homens se sujeitaram a Davi
A partir do momento em que os homens entraram na caverna de Adulão, Davi passou a ser seu chefe. Quem se refugia com seus pecados em Jesus experimenta o perdão. E perdão recebido aprofunda o amor a Ele e conduz à submissão voluntária ao Senhor e Seu domínio em nossas vidas.
Os homens mudaram de reino
Se pudéssemos perguntar àqueles homens de onde eles vinham, certamente teriam respondido: “Viemos do reino de Saul”. Até nisso Saul é um símbolo do reino deste mundo, já que havia sido exaltado por Deus e instituído por Deus para ser o primeiro rei de Israel. Mas, por desobediência, Saul se desligou de Deus. Por isso, Deus o rejeitou, e, depois disso, Saul reinava em seus domínios, mas em oposição a Deus. E assim foi com Lúcifer, a “estrela da manhã” que se rebelou contra Deus e perdeu sua vocação. A maioria das pessoas se encontra no reino de Satanás; são poucos os que fogem e se refugiam no Davi celestial.
Saul também é uma ilustração da natureza pecaminosa do homem. Ele foi um rei segundo o coração humano. Davi foi diferente, ele era um homem segundo o coração de Deus – e é uma ilustração da vida espiritual. Se poderíamos continuar perguntando àqueles homens: “Aonde vocês vão?” eles teriam respondido: “Estamos saindo do reino de Saul e vamos ao reino de Davi.” Quem se achegou a Jesus realizou uma mudança de posição em sua vida e se demitiu do antigo padrão que o escravizava. Essa pessoa deu a Jesus Cristo a primazia em sua vida.
As pessoas daquela época tomaram certas atitudes para chegarem a Davi. Elas foram até sua caverna, que era algo humilhante, e se uniram com Davi. E quem deseja hoje se refugiar em Jesus? Em sentido neotestamentário isso significa entregar-se a si mesmo: “Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6.3-4).
Cada um desses homens estava bem consciente de sua culpa e de sua grande angústia, e cada um deles provavelmente pensava: “Se existe alguém que pode me ajudar, essa pessoa só pode ser Davi.” Por isso esses homens se puseram a caminho e se dirigiram à caverna de Adulão. Lá, junto de Davi, encontraram descanso e passaram a fazer parte de seu reino. Querido amigo, peregrino cansado da longa jornada, você também tem um descanso maravilhoso a lhe esperar nas feridas do Cordeiro de Deus que morreu por você na cruz do Calvário: “Venham a Mim e Eu lhes darei descanso – todos vocês que trabalham tanto debaixo de um jugo pesado. Levem o meu jugo – porque ele se ajusta perfeitamente – e deixem que Eu lhes ensine; porque Eu sou manso e humilde, e vocês acharão descanso para suas almas; pois só Eu faço vocês carregarem cargas leves” (Mt 11.28-29, A Bíblia Viva). (Norbert Lieth — Chamada.com.br)